Leia ao som de Hear you me, Jimmy Eat World
Imagine
um trem, um metrô, um ônibus biarticulado ou qualquer outro meio de transporte
que tenha seções, divisões, vagões…
Normalmente
eles transportam pessoas e costumam estar com muitas delas. Quando estamos
esperando por eles do lado de fora só ficamos como observadores: não nos
comunicamos, trocamos ou se quer podemos fazer com que eles parem. Eles param e
rapidamente tudo aquilo que vimos some, mas existe a possibilidade de entrarmos.
O
mesmo acontece com as nossas oportunidades. Elas aparecem constantemente em
nossas vidas – por um período – e se a gente não fizer absolutamente nada, se
vão, como nuvens.
É
aquele pedido de desculpas que a gente tinha em mãos prontinho, mas que de
repente o ego chegou para nos dizer que isto não era para ser feito, afinal,
onde vai parar o nosso orgulho? E aí deixamos passar.
Uma
possibilidade de fazer o que amamos, mas pelo medo do que ainda não aconteceu,
pela ansiedade de dar errado e já tendo um pensamento negativo embutido,
deixamos para ficar na nossa caixinha dos sonhos.
As
chances estão disponíveis para a gente grande parte do tempo. Fica em nossas
mãos o poder de permitir que elas cheguem de fato até nós ou que elas partam
para a próxima estação.
Um momento passado é
completamente irremediável. Perder de vista esta percepção por puro medo de viver é como entrar no vagão
sem saber o motivo e seguir o piloto automático porque um dia alguém nos disse
que era assim.
Texto de Keila Caiani
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